I. Como aurora precursora Do farol da divindade Foi o vinte de setembro O precursor da liberdade
Refrão Mostremos valor e constância Nesta ímpia e injusta guerra Sirvam nossas façanhas De modelo a toda terra De modelo a toda terra Sirvam nossas façanhas De modelo a toda terra II. Mas não basta pra ser livre Ser forte, aguerrido e bravo Povo que não tem virtude Acaba por ser escravo Refrão Mostremos valor e constância Nesta ímpia e injusta guerra Sirvam nossas façanhas De modelo a toda terra De modelo a toda terra Sirvam nossas façanhas De modelo a toda terra
O Hino Rio-Grandense é o hino oficial do estado do Rio Grande do Sul. Tem letra de Francisco Pinto da Fontoura, música de Comendador Maestro Joaquim José Mendanha e harmonização de Antônio Corte Real. A obra original possuía uma estrofe que foi suprimida, além de uma repetição do estribilho, pelo mesmo dispositivo legal que a oficializou como hino do estado - A lei nº 5.213, de 5 de Janeiro de 1966.
A análise morfológica, estudo do formato e da estrutura do animal - feita junto com as provas funcionais, que medem o desempenho - permite conhecer as verdadeiras características buscadas na raça. O crioulo deve ter o biotipo do cavalo de sela, abrigado dentro da sua tipicidade racial, e a funcionalidade serve justamente para explicitar isto.
O Cavalo Crioulo constitui uma raça equina das que mais contribuiu para o alto nível de excelência que a pecuária do Brasil vem obtendo, pois devido às suas características de rusticidade e força, esse cavalo aguenta muitas horas seguidas de trabalho direto no campo, de sol a sol. Pode-se dizer que já existe uma linhagem brasileira - que alia a morfologia Argentina à funcionalidade chilena - que já vem sendo reconhecida nos outros países e deve-se às provas funcionais do Freio de Ouro, responsáveis pelo grande desenvolvimento da raça em relação aos outros países.
Essa superioridade racial motivou a expansão para outros tipos de provas onde o Cavalo Crioulo se adapta muito bem, como cavalgadas, provas de laço, rédeas e enduros, nas quais vem se destacando.
Freio de Ouro
Denominado prova Flavio e Roberto Bastos Tellechea, é a maior e mais popular promoção da raça Crioula e, talvez, a maior competição de animais puros de uma só raça no Brasil. As 36 vagas para machos e as 36 para fêmeas, visando a grande final do Freio de Ouro, são disputadas por mais de mil animais em 51 credenciadoras que acontecem em São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e garantem vaga para as 9 etapas classificatórias, uma delas realizada em Montevidéu, no Uruguai. A grande fi nal do Freio de Ouro é disputada em agosto, durante a Expointer, sendo que a prova mostra ao público as habilidades de cavalo e do ginete, reproduzindo nas pistas os trabalhos do dia-a-dia no campo, além de testar a doma, a resistência, a docilidade, a aptidão e a coragem, que formam a funcionalidade do cavalo Crioulo.
A partir da parceria fechada entre o Canal Rural e a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos, as etapas classifi catórias e a fi nal passaram a ser transmitidas para todo o Brasil através do canal 35 da NET/SKY e por antena parabólica, dando ao evento uma exposição de caráter nacional.
Paleteada
É uma modalidade derivada da prova Freio de Ouro, onde o boi é conduzido por uma dupla de cavalos Crioulos ao longo de uma pista de 140 metros.
Hoje, possui 52 etapas entre classifi catórias, semifinais e final, contando com mais de 2.200 participantes ao longo de sua realização no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
Tiro de Laço
O Tiro de laço, ou Crioulaço, promovido pela ABCCC, é um campeonato somente para cavalos Crioulos.
Hoje, possui 57 etapas entre classificatórias, semifinais e final, contando com mais de 4.000 participantes ao longo de sua realização no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
Rédeas
É a modalidade de Hipismo Western na qual o cavalo recebe adestramento básico. Entre todas as modalidades, é a mais técnica. Qualquer cavalo que pratique outra modalidade precisa de treinamento específico em Rédeas para obter sucesso. Controlar um cavalo não é apenas guiá-lo, mas dominar seus movimentos. O cavalo melhor controlado deverá ser voluntariamente guiado com pouca ou nenhuma resistência, pois qualquer movimento dele próprio poderá ser considerado como falta de controle.
A ABCCC promove, em outubro de 2005, a primeira edição do Potro do Futuro somente para cavalos Crioulos. Esta é uma modalidade tradicional em outras raças, em todo o mundo, e consolida a raça Crioula numa posição de destaque dentro do esporte de Rédeas.
Enduro
É uma prova que visa observar o conjunto cavalo e cavaleiro, onde ambos buscam superar seus limites no que diz respeito à resistência, velocidade e capacidade de recuperação frente a obstáculos naturais, terrenos e distâncias variadas.
Como em outros esportes eqüestres, o Enduro da Raça Crioula procura preservar a integridade física do ginete e dispensa uma atenção muito especial à saúde, bem-estar e futuro atlético do eqüino, tornando-se assim um esporte onde as exigências físicas dos competidores - cavalo/cavaleiro - são elevadas ao extremo. Existem, hoje, 4 etapas no campeonato de Enduro,com mais de 200 participantes.
Marcha de Resistência
É uma competição cujo objetivo maior é demonstrar e difundir a capacidade de resistência do cavalo Crioulo. Esta prova é realizada em conjunto com os vizinhos uruguaios, que possuem tradição nesta modalidade.
A marcha é a maior prova de resistência eqüina no mundo, pois se estende por 750 km, com pontos de descanso e controle veterinário. Ela acontece nos cenários reais dos campos gaúchos e enfrenta grandes diversidades como o frio, a chuva, o piso e os obstáculos naturais.
Fonte: Hilton Araldi e Associação Brasileira dos Criadores de Cavalos Crioulos - ABCCC
Por detrás de grandes conquistas existe sempre aquele tipo de guerreiro que suporta as intempéries na batalha, superando desafios e resistindo na pele, na crença, no peito, na alma e nas atitudes o que é preciso para que impérios se construam. Estes heróis de bastidores merecem sempre o respeito e a admiração! Na história da Cabanha La Madre, um destes heróis se destaca, e, a ele nossa homenagem:
Esses campeiros que todo dia encilham baios em comunhões Deixam na terra marcas de cascos andejam campos nas serrações Batendo a marca pelas estradas onde se perdem imensidões Buscam na fonte de água boa matar a sede dessas paixões
Só mesmo o tempo que apaga sonhos e mostra à vida suas razões Traz sem a pressa sem que se peça um sonho novo aos corações E quando a lida lhes cobra força sentam suas garras em redomões Rangendo bastos a campo fora gastam esporas pelos fundões
Esses campeiros que todo dia trocam suas vidas por ilusões Floreando baios gastando esporas merecem mais que simples canções
Amontam potros, baguais, ventenas honrando a força dos seus garrões E se sustentam no tirador soltando armada nas marcações E cai a tarde por entre os cerros maragateando as amplidões E cevam mates de erva buena contam histórias pelos galpões
E lembram versos e cantorias na parceria dos violões As mãos campeiras semeiam notas por entre as primas e os bordões A mesma noite que traz os medos e os segredos de assombrações Acende estrelas e olhos lindos brilhando tantas constelações