O que é um cavalo Crioulo?

O cavalo crioulo é o que sofreu uma seleção natural da natureza. Carrega consigo uma carga maior de rusticidade em comparação aos outros. Por ser mais forte, é mais difícil de adquirir alguma doença.


Nesse sentido, é um animal mais adaptado aos serviços nas estâncias, principalmente trabalhando com os gados, percorrendo longos caminhos e se alimentando de pasto.

Entretanto, como explica Marcelo Montano Coelho, médico veterinário, inspetor técnico da ABCC – Associação Brasileira de Cavalos Crioulos e jurado da Lista 1 da prova de Freio de Ouro, isso foi em decorrência do seu biotipo.

“Devido ao biotipo morfológico da raça do animal, ele foi se tornando um cavalo atleta e sendo utilizado em provas como o Freio de Ouro, Paleteadas, Tiros de laço, Enduros e Campereada”, afirma Marcelo.

Ele explica também que outro motivo pelo qual a raça crioula tem sido usada nas provas, seria devido a sua estatura. “Este tipo de cavalo possui estatura média e é muito ágil. Foi selecionado geneticamente para ser um cavalo vaqueiro”, conta Marcelo.

Como todas as provas com cavalo crioulo são feitas com gado, o crioulo saberia lidar com isso melhor que outras raças por causa da sua seleção genética e de seu biotipo.

Para os cavalos de prova, os cuidados necessários seriam em relação à alimentação. “Precisaria de rações balanceadas com um nível energético maior, controlar os parasitas internos e externos, além de cuidar dos aprumos, como fazer casqueamento e ferrageamento”, lembra Marcelo.

Para que nenhum parasita se fixe no cavalo, é necessário fazer exames para um maior controle do animal, como fazer exames para nutaliose, que é um protozoário transmitido pelo carrapato.

Caso isso não adiante e o cavalo se infeccione, Marcelo aconselha que seja chamado um veterinário imediatamente. Afinal, é preciso cuidar muito deste animal, pois ele retribuirá com um ótimo desempenho físico, além de muita beleza, que só os crioulos possuem.


Fonte:Inema

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cuidados com os cavalos crioulos


O cavalo crioulo, por ser um animal reconhecidamente "campestre", que trabalha na lida do campo tanto quanto o gado, não precisa de muitos cuidados. É um tipo de cavalo que foi adaptado aos serviços das estâncias.

Como carrega consigo uma carga de rusticidade maior que as outras espécies, é mais difícil, por exemplo, que ele fique doente ou contrarie alguma enfermidade que possa acarretar problemas mais sérios.

Entretanto, os cavalos de prova, como os que disputam as paleteadas, o Freio de Ouro e o Tiro de Laço, necessitam de uma atenção um pouco mais profunda, como com a alimentação, que deve ser balanceada com rações a fim de manter um nível energético mais elevado.

Os aprumos também são bastante observados. Por isso é necessário que o casqueamento e ferrageamento seja feito com pessoas especializadas para isso.

É importante salientar o grau de entendimento do profissional que fará os aprumos no cavalo, pois as patas são as que dão suporte para o animal,sendo, portanto, essencial, um tratamento feito com qualidade.

Tanto para os cavalos crioulos que participam de provas, quanto os que não, é importante os cuidados com os parasitas internos e externos, pois são as doenças mais comuns nesses animais.

Para isso, entretanto, é necessário o controle do dono do animal, como a prática de exames regulares e a ida a um veterinário.

Fonte: Inema

Momentos do RS


Lua mais gaúcha

CRIOULO

O cavalo crioulo é uma raça de cavalos que se originou dos animais de sangue andaluz e berbere introduzidos no continente americano pelo aventureiro espanhol Álvar Núñez Cabeza de Vaca nos primeiros anos após o descobrimento, mais adiante se inicia no que hoje é o Rio Grande do Sul, em 1634, criações com os equinos trazidos pelos padres jesuítas Cristóvão de Mendonça e Pedro Romero.

Paralelamente as criações, alguns que foram se perdendo da comitiva de Cabeza de Vaca durante as suas campanhas na região passaram a se criar livremente nas planícies do conesul do continente americano, vivendo em estado selvagem por cerca de quatro séculos. Nesse período, as duras condições do clima acabaram criando, através da seleção natural, uma raça extremamente resistente a alta amplitude térmica, quanto à seca e à falta de alimento.

Assim como os mustangues norte-americanos, os animais que deram origem à raça crioula eram caçados e domados tanto pelos índios cavaleiros, os charruas, quanto pelos estancieiros.
Atualmente, a raça crioula está espalhada por todo o Brasil, mas especialmente no Rio Grande do Sul, onde está o principal símbolo da raça, os descendentes de La Invernada Hornero, de Uruguaiana.

Cair da tarde nos verdes pampas...



Doenças do Sistema Musculoesquelético

Os cavalos da raça crioula possuem uma grande probabilidade de desenvolver alterações do sistema musculoesquelético devido ao tipo de provas a que são submetidos. O alto desempenho atlético exigido desses animais pode ocasionar lesões graves, resultantes geralmente de uma sobrecarga.

A claudicação ou manqueira é geralmente o primeiro indício de que uma lesão está presente seja ela em função da dor ou impedimento mecânico. Qualquer sinal de mudança no comportamento animal deve ser considerado pois, muitas vezes é possível diagnosticar o problema no início aumentando as chances de recuperação.. As lesões mais comumente encontradas são fraturas por choque ou sobrecarga, tendinite dos tendões flexores digital superficial e profundo, fragmentos ósseos intra-articulares, dentre outras.

Sempre que for identificado algum sinal de lesão é essencial tomar as medidas necessárias para controlar a evolução do caso evitando assim que o problema torne-se crônico e às vezes irreversível.

Deve-se sempre priorizar a prevenção que consiste desde uma alimentação balanceada até medidas fisioterápicas ao termino do exercício. Também é comum na prática veterinária o uso de antiinflamatórios, mas vale ressaltar que os mesmos devem ser utilizados com responsabilidade e obedecendo critérios como dosagens e tempo de utilização, caso contrário o uso indiscriminado dos antiinflamatórios pode ocasionar problemas em outros sistemas.

Os proprietários, treinadores e médicos veterinários devem sempre estar atentos e informados quanto a tudo que diz respeito às características e comportamento individual dos animais, pois geralmente as doenças do sistema musculoesquelético são multifatoriais.

Considerando o tipo de exercício executado pelos animais da raça Crioula nas provas funcionais ou quando são utilizados no serviço em fazendas sugere-se que as possíveis causas de claudicação são as artrites precoces de jarrete, síndrome do navicular e fratura de quartela.

Alterações conformacionais dos membros em potros recebem especial atenção, pois alguns casos podem ser solucionados desde que seja diagnosticado cedo o que permitirá o estudo da melhor técnica de correção a ser utilizada.

Dentre as principais lesões relacionadas ao sistema musculoesquelético podem-se citar as exostoses mediais devido ao choque dos cascos no segundo e terceiro metacarpianos ao realizarem giros rápidos, paradas bruscas e alterações abruptas de direção, as exostoses laterais devido à sobrecarga de peso no quarto metacarpiano. Dores musculares também estão presentes associadas ao excesso de exercício, alterações nutricionais, falta de alongamento e secundariamente a outras lesões. As estruturas tendíneas também são freqüentemente acometidas por lesões inflamatórias que comprometem a função do animal devido à dor contínua. Quando esse tipo de lesão não recebe a devida importância ocorre comprometimento importante das estruturas e dependendo do caso o tratamento é demorado (meses a anos) e, consequentemente é preciso maior investimento financeiro ou ainda o quadro torna-se irreversível.

Sinais como a claudicação, dor à palpação local, aumento de volume e temperatura, posicionamento irregular em repouso e mudanças comportamentais como agressividade ou recusa ao exercício são dados importantes que auxiliam no diagnostico de lesões musculoesqueléticas. O uso de recursos como o ultrassom, termógrafo e das radiografias permitem um diagnóstico mais preciso quanto ao grau, tipo e localização da lesão.

Atualmente, as possibilidades terapêuticas têm sido aprimoradas de acordo com a função do cavalo, tipo de lesão e gravidade da mesma, assim como dos recursos financeiros disponibilizados pelo proprietário.

A combinação terapêutica muitas vezes permite a completa recuperação do animal desde que o tratamento seja seguido corretamente, assim como as recomendações do Médico Veterinário em relação aos períodos de repouso e retorno gradual às atividades.

Cada animal deve ser avaliado levando em consideração suas características individuais, para assim determinar o melhor tratamento.

O tratamento inicial, geralmente consiste na administração de antiinflamatórios tópicos e/ou sistêmicos. A utilização de técnicas de fisioterapia ou até mesmo correção cirúrgica são necessárias nos casos mais complicados. Falando-se de fisioterapia podemos destacar as técnicas de ultrassom e laser terapêutico que podem ser utilizados para diminuir a dor e a inflamação local.

Também se pode utilizar o ferrageamento corretivo que muitas vezes é o suficiente para solucionar o problema.

Os sábios já diziam: “melhor prevenir do que remediar”. Acreditando neste pensamento recomendo sempre cautela aos treinadores de cavalo quanto ao grau de esforço aplicado no cavalo atleta, respeitando sempre o limite individual de cada animal.

Quando se obtem conhecimento sobre a predisposição das principais lesões ocasionadas pelo treinamento é possível aplicar técnicas de terapia preventiva como a crioterapia que nada mais é do que a aplicação de gelo por não mais que vinte minutos principalmente na região dos tendões atenuando os sinais de inflamação pós-exercício.

Sem dúvida a principal forma e mais efetiva de prevenção no caso das doenças de ordem musculoesqueléticas são o casqueamento e ferrageamento bem realizados.

fonte: Saline Santos dos Santos


Pôr do Sol Gaúcho tchê

Pôr do Sol n a BR 116 - por Mone Bilhalva

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Mais em "Fotografia" de www.brasilrs.com.br

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Luciane Silveira Arts

O olhar belissímo sobre o cavalo crioulo de
Luciane Silveira - artista plástica de Santa Maria - RS


























http://lusilveiraartesplasticas.blogspot.com

Hino Rio Grandense



I.
Como aurora precursora
Do farol da divindade
Foi o vinte de setembro
O precursor da liberdade



Refrão
Mostremos valor e constância
Nesta ímpia e injusta guerra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra
De modelo a toda terra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra
II.
Mas não basta pra ser livre
Ser forte, aguerrido e bravo
Povo que não tem virtude
Acaba por ser escravo
Refrão
Mostremos valor e constância
Nesta ímpia e injusta guerra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra
De modelo a toda terra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra


O Hino Rio-Grandense é o hino oficial do estado do Rio Grande do Sul. Tem letra de Francisco Pinto da Fontoura, música de Comendador Maestro Joaquim José Mendanha e harmonização de Antônio Corte Real. A obra original possuía uma estrofe que foi suprimida, além de uma repetição do estribilho, pelo mesmo dispositivo legal que a oficializou como hino do estado - A lei nº 5.213, de 5 de Janeiro de 1966.

Por este RS...


BR 116 - RS

Orkut Cabanha La Madre



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Como encilhar um cavalo?

Entrevista de Pablo para o Programa Brasil RS na TVE RS.

Confira outros vídeos no Brasil RS - Turismo e Desenvolvimento:
http://www.youtube.com/user/BrasilRS00

Ou assista os vídeos direto nos programas exibidos na TVE do Rio Grande do Sul, na íntegra em:

http://www.youtube.com/user/s05produtosespeciais

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La Madre nas estradas do RS





fotografia por Mone Bilhalva

Entrevista TVE -RS - Cavalgadas e Acampamentos





Entrevista de Edmilson dada ao Programa Brasil Rs na TVE RS contando as camperiadas de amigos que curtem a vida no campo como um hobby.

Mais em: http://www.youtube.com/user/BrasilRS00?gl=BR&hl=pt#p/u/6/9rQL0btsH1E



Confira outros vídeos no Brasil RS - Turismo e Desenvolvimento:
http://www.youtube.com/user/BrasilRS00


20 de setembro - desfile farroupilha - Pelotas / RS

Função

A análise morfológica, estudo do formato e da estrutura do animal - feita junto com as provas funcionais, que medem o desempenho - permite conhecer as verdadeiras características buscadas na raça. O crioulo deve ter o biotipo do cavalo de sela, abrigado dentro da sua tipicidade racial, e a funcionalidade serve justamente para explicitar isto.

O Cavalo Crioulo constitui uma raça equina das que mais contribuiu para o alto nível de excelência que a pecuária do Brasil vem obtendo, pois devido às suas características de rusticidade e força, esse cavalo aguenta muitas horas seguidas de trabalho direto no campo, de sol a sol. Pode-se dizer que já existe uma linhagem brasileira - que alia a morfologia Argentina à funcionalidade chilena - que já vem sendo reconhecida nos outros países e deve-se às provas funcionais do Freio de Ouro, responsáveis pelo grande desenvolvimento da raça em relação aos outros países.

Essa superioridade racial motivou a expansão para outros tipos de provas onde o Cavalo Crioulo se adapta muito bem, como cavalgadas, provas de laço, rédeas e enduros, nas quais vem se destacando.

Freio de Ouro

Denominado prova Flavio e Roberto Bastos Tellechea, é a maior e mais popular promoção da raça Crioula e, talvez, a maior competição de animais puros de uma só raça no Brasil. As 36 vagas para machos e as 36 para fêmeas, visando a grande final do Freio de Ouro, são disputadas por mais de mil animais em 51 credenciadoras que acontecem em São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e garantem vaga para as 9 etapas classificatórias, uma delas realizada em Montevidéu, no Uruguai. A grande fi nal do Freio de Ouro é disputada em agosto, durante a Expointer, sendo que a prova mostra ao público as habilidades de cavalo e do ginete, reproduzindo nas pistas os trabalhos do dia-a-dia no campo, além de testar a doma, a resistência, a docilidade, a aptidão e a coragem, que formam a funcionalidade do cavalo Crioulo.

A partir da parceria fechada entre o Canal Rural e a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos, as etapas classifi catórias e a fi nal passaram a ser transmitidas para todo o Brasil através do canal 35 da NET/SKY e por antena parabólica, dando ao evento uma exposição de caráter nacional.
Paleteada

É uma modalidade derivada da prova Freio de Ouro, onde o boi é conduzido por uma dupla de cavalos Crioulos ao longo de uma pista de 140 metros.

Hoje, possui 52 etapas entre classifi catórias, semifinais e final, contando com mais de 2.200 participantes ao longo de sua realização no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
Tiro de Laço

O Tiro de laço, ou Crioulaço, promovido pela ABCCC, é um campeonato somente para cavalos Crioulos.

Hoje, possui 57 etapas entre classificatórias, semifinais e final, contando com mais de 4.000 participantes ao longo de sua realização no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
Rédeas

É a modalidade de Hipismo Western na qual o cavalo recebe adestramento básico. Entre todas as modalidades, é a mais técnica. Qualquer cavalo que
pratique outra modalidade precisa de treinamento específico em Rédeas para obter sucesso. Controlar um cavalo não é apenas guiá-lo, mas dominar seus movimentos. O cavalo melhor controlado deverá ser voluntariamente guiado com pouca ou nenhuma resistência, pois qualquer movimento dele próprio poderá ser considerado como falta de controle.

A ABCCC promove, em outubro de 2005, a primeira edição do Potro do Futuro somente para cavalos Crioulos. Esta é uma modalidade tradicional em outras raças, em todo o mundo, e consolida a raça Crioula numa posição de destaque dentro do esporte de Rédeas.
Enduro

É uma prova que visa observar o conjunto cavalo e cavaleiro, onde ambos buscam superar seus limites no que diz respeito à resistência, velocidade e capacidade de recuperação frente a obstáculos naturais, terrenos e distâncias variadas.

Como em outros esportes eqüestres, o Enduro da Raça Crioula procura preservar a integridade física do ginete e dispensa uma atenção muito especial à saúde, bem-estar e futuro atlético do eqüino, tornando-se assim um esporte onde as exigências físicas dos competidores - cavalo/cavaleiro - são elevadas ao extremo.
Existem, hoje, 4 etapas no campeonato de Enduro,com mais de 200 participantes.
Marcha de Resistência

É uma competição cujo objetivo maior é demonstrar e difundir a capacidade de resistência do cavalo Crioulo.
Esta prova é realizada em conjunto com os vizinhos uruguaios, que possuem tradição nesta modalidade.

A marcha é a maior prova de resistência eqüina no mundo, pois se estende por 750 km, com pontos de descanso e controle veterinário. Ela acontece nos cenários reais dos campos gaúchos e enfrenta grandes diversidades como o frio, a chuva, o piso e os obstáculos naturais.
Fonte: Hilton Araldi e Associação Brasileira dos Criadores de Cavalos Crioulos - ABCCC

Pelos campos do RS






fotos de Mone Bilhalva

O guerreiro no lombo do cavalo e no descanso dos pelegos

Por detrás de grandes conquistas existe sempre aquele tipo de guerreiro que suporta as intempéries na batalha, superando desafios e resistindo na pele, na crença, no peito, na alma e nas atitudes o que é preciso para que impérios se construam.
Estes heróis de bastidores merecem sempre o respeito e a admiração!
Na história da Cabanha La Madre, um destes heróis se destaca, e, a ele nossa homenagem
:




Esses campeiros que todo dia encilham baios em comunhões
Deixam na terra marcas de cascos andejam campos nas serrações
Batendo a marca pelas estradas onde se perdem imensidões
Buscam na fonte de água boa matar a sede dessas paixões

Só mesmo o tempo que apaga sonhos e mostra à vida suas razões
Traz sem a pressa sem que se peça um sonho novo aos corações
E quando a lida lhes cobra força sentam suas garras em redomões
Rangendo bastos a campo fora gastam esporas pelos fundões

Esses campeiros que todo dia trocam suas vidas por ilusões
Floreando baios gastando esporas merecem mais que simples canções

Amontam potros, baguais, ventenas honrando a força dos seus garrões
E se sustentam no tirador soltando armada nas marcações
E cai a tarde por entre os cerros maragateando as amplidões
E cevam mates de erva buena contam histórias pelos galpões

E lembram versos e cantorias na parceria dos violões
As mãos campeiras semeiam notas por entre as primas e os bordões
A mesma noite que traz os medos e os segredos de assombrações
Acende estrelas e olhos lindos brilhando tantas constelações

família crioula

El Bocal - Leonel Gomez

No hay mirada mas linda
Que la de un criollo bagual
Con su crinera enredada
Esperando rienda y bocal...

En el palenque, clavado,
Frente a la estancia, el zorzal;
Cuantas golpeadas de potro
Que allí se ataran el bocal...

Y así salían en corcovos
Hasta el desarrollo del potro,
Y entonces el bocal, colgadito
En la ramada esperaba por otro...

Cuando los dias se iban
Y el trabajo lo hacía redomón;
El domero, domingueando salía
Al pueblito, de su gaucho rincón...

Al bocal, que hace del potro
Tchê caballo del hombre campero;
En esos versos, un regalo sencillo
Que le entrega de alma, un domero...



El Bocal - Leonel Gomez







Bastos, Potros E Guitarras

Bastos, Potros E Guitarras
César Oliveira e Rogério Melo


Basto, potros e guitarras
Guitarras, potros e bastos
Cantigas cheirando a pastos
Milongas, polcas, chamarras

Um maula berrando forte
Um “recal” ringindo os tentos
“Contra-punteando” com os ventos
Que se levantam do norte

Se eu pudesse cantar versos
Como sou esporeador
Conquistava a china Rita
Cantando versos de amor

D’um potro faço a guitarra
Da guitarra faço potro
E antes que a noite me alcance
Largo um e encilho o outro

Quem me dera Ter na alma
O corpo de um “Martin Fierro”
E as batidas de um cincerro
Me atormentando a calma

Quem me dera Ter nos dedos
O que sobra nas esporas
Pra guitarrear nas nas auroras
E revelar mil segredos

Porém me sobra o que tenho
Pois tenho pouco floreio
Meu canto é mescla das ânsias
Dos que vivem dos arreios

Sovéus, maneias e “riendas”
Fazem parte dessa farra
Porque a vida entreverou
Bastos, potros e guitarras










Cavalos crioulos são personagens da história do Uruguai


Raça chegou ao país há 500 anos. Selvagens pela própria natureza, animais ficam mansos e obedientes depois de treinados.




Ao cruzar a fronteira mais ao sul do Brasil, encontra-se uma paisagem bastante familiar. A vegetação baixa e enormes pastagens naturais dão impressão de que ainda estamos nos campos do Rio Grande do Sul. O desafio do Globo Repórter era desvendar um Uruguai que o Brasil não conhece: selvagem, místico, cheio de riquezas naturais. Um roteiro de mais de dois mil quilômetros de estrada e muitas surpresas.

Homem e a natureza convivem em busca de harmonia desde os tempos da colonização. Para dominar a imensidão do pampa, antes, era preciso domar o cavalo, que chegou ao Uruguai pela mão dos conquistadores espanhóis, há 500 anos.

Eram animais treinados para a guerra, mas as fugas e o abandono no campo fizeram deles cavalos selvagens. A seleção natural, em um ambiente de inverno rigoroso, preservou os mais fortes. Surgiu uma raça resistente, bem adaptada: o cavalo crioulo – selvagem pela própria natureza, mas manso e obediente depois de treinado.

Até que um cavalo selvagem se transforme em um animal dócil, manso e tranquilo – até que alguém sem muita experiência se arrisque a montar – são mais ou menos três meses de treinamento. E tudo começa no curral, nas mãos do domador.

O domador é determinado e paciente com o animal que vai ser montado pela primeira vez. Entende o medo e a aflição diante uma tarefa nova, desconhecida. A primeira montaria é cercada de muita tensão. O animal parece um pouco assustado, testa o domínio do cavaleiro. É como se homem e animal disputassem quem está no comando. Mas o domador não se abala e mostra pulso firme na condução. Em seguida, o animal já não resiste.

"Com violência, fica mais difícil domar o cavalo. Se você o maltrata cada vez que o encilha, o cavalo vai ficar com medo cada vez que você o encilhar", explica o domador Rodrigo Silveira.

Uma égua está em um estágio mais avançado: começa a ser treinada para competições e dá um show. Mostra tudo o que já aprendeu.

"Dá gosto andar em um cavalo crioulo. Além de servir para trabalhar, andar em um cavalo crioulo, com a docilidade e a funcionalidade que ele tem, é tudo", diz o treinador de cavalos Pablo Durán.

Hoje, o cavalo crioulo é um companheiro inseparável de quem trabalham nas fazendas, até na hora do descanso, depois de um dia de sol. É um personagem da história, riqueza viva sobre o chão do Uruguai.

Globo Repórter

Cavalo Crioulo

DÓCIL E ATLETA
História: Originário das grandes planícies dos pampas até as encostas dos Andes, descende dos cavalos trazidos pelos colonizadores espanhóis. Adaptou-se ao frio intenso e ao calor desgastante, tornando-se um animal muito resistente.

Características: Apesar do baixo porte, possui musculatura consistente e ossatura compacta. Extremamente ágil e resistente, foi feito para trabalhar com gado.

Aptidão: Além de sua funcionalidade na lida com o gado, tem se destacado nas provas do Freio de Ouro e vencido as principais provas de rédeas do Brasil. A raça foi sensação em algumas provas nos EUA.

No Brasil: Durante séculos, povoou o sul do Brasil, Uruguai, Argentina, Chile e Paraguai, mas agora está conquistando todo o país. São cerca de 140 mil animais vivos registrados e distribuídos entre aproximadamente 14 mil proprietários.


Fonte: www.mercadodecavalos.com.br