Morfologia


O cavalo é um animal onde se conjugam a estrutura e a função. Seu corpo é adaptado para a velocidade e para sua grande dimensão, e é esta combinação que nos ajuda a compreender a sua estrutura. Os seus membros são especializados, têm um número de dedos muito reduzido e são acompanhados pela perda dos músculos - os que permitem a outros animais agarrar objetos.
O cavalo apenas move os membros para frente e para trás, o que lhe dá excelentes meios de propulsão.
A força de que necessita é dada por músculos muito desenvolvidos, que estão ligados aos ossos das coxas, tronco e antebraços.
Cabeça

- Perfil retilíneo, curta, delineada, fronte larga e bem desenvolvida, orelhas curtas, bem inseridas, olhos proeminentes e com vivacidade.


Pescoço

- Bordo superior subconvexo, crinas grossas e abundantes, bordo inferior retilíneo, forte, musculoso e de comprimento mediano.


Linha superior

- Cernelha com destaque moderado, musculosa, dorso mediano, musculoso, lombo musculoso, unindo suavemente o dorso e a garupa, garupa moderadamente larga e comprida, levemente inclinada proporcionando boa descida muscular para os posteriores.


Tórax, ventre e flanco

- Peito amplo, largo, profundo, paletas com inclinação mediana, musculosas, costelas arqueadas e profundas, ventre com razoável volume, flanco curto, unindo harmonicamente o ventre ao posterior.


Membros anteriores e posteriores

- Braços e cotovelos musculosos, antebraços aprumados, joelhos fortes, canelas curtas, com tendões fortes e definidos, aprumadas, cascos de volume proporcional ao corpo, medianamente inclinados, quartos musculosos, com nádegas profundas, pernas moderadamente amplas, garrões fortes e secos.


Pelagens Básicas

Alazão, Baio, Branco, Cebruno, Colorado, Douradilho, Gateado, Mouro, Oveiro, Picaço, Preto, Rosilho, Tobiano, Tordilho e Zaino.


Pelagens compostas

Alazão chamalotado ou apatacado: quando tem manchas mais claras e arredondadas.
Alazão dourado: o típico com reflexos do ouro.
Alazão típico: o que tem a cor da brasa ou da cereja.
Alazão ruano: quando tem a cauda e crina claras.
Branco albino, melado ou rosado: quando há uma despigmentação congênita, inteira ou parcial, das pestanas e da íris. Sua pelagem tem reflexos rosados. É sensível ao sol.
Baio branco ou claro: é uma tonalidade de creme desmaiado.
Branco mosqueado:o que leva pelo corpo, em forma irregular, pontos pretos do tamanho de uma mosca.
Branco porcelana: o que tem manchas pretas, as quais, por transparência, por meio dos pêlos brancos, produzem reflexos azuis da porcelana.
Baio achamalotado ou apatacado: quando apresenta manchas redondas e mais claras do que o resto do corpo.
Baio amarelo: é como uma gema de ovo, quando estendida numa porcelana branca.
Baio encerado: quando tem a cor mais escura, parecendo-se com a cera virgem.
Baio cabos negros: quando tem as extremidades dos membros, da cauda e a crina escuras.
Baio cebruno: também escura, levando no corpo manchas mais escuras do que o baio encerado.
Baio dourado: quando tem reflexos do ouro.
Baio ovo de pato: quando tem uma cor amarelado creme. Sua crina, cauda e cascos também são cremes.
Baio ruano: é um baio com a cauda e crina claras.
Colorado típico: é avermellhado com o tom claro.
Colorado pinhão: tem a cor do pinhão.
Cebruno ou barroso: com a tonalidade mais escura do que a do baio cebruno, parecendo-se com a cor do elefante.
Douradilho: é um colorado desmaiado com reflexus dourados.
Douradilho pangaré: é o que tem o focinho, axilas e ventre mais claros.
Gateado típico: é um baio escuro acebrunado nas quatro patas e com uma linha escura, que vai da cernelha à garupa, com aproximadamente dois dedos de largura.
Gateado osco ou pardo: é mais escuro que o típico, assemelhando-se ao gato pardo.
Gateado pangaré: o que tem o focinho, as axilas e o ventre com a pelagem mais clara.
Gateado ruivo: o que tem a cauda e a crina aproximada a cor do fogo.
Lobuno claro: quando se parece com a plumagem de uma pomba.
Lobuno escuro: quando mais escuro do que o lobuno claro.
Zaino claro: da cor da castanha.
Zaino negro: como a castanha mais escura.
Preto típico: tem a tonalidade semelhante ao carvão.
Preto azeviche: preto vivo com reflexos brilhantres
Tordilho claro: quando tem predominância de pelos brancos.
Tordilho negro: predomina os pelos pretos. Com a idade vai se tornando claro.
Tordilho chamalotado ou apacatado: quando com manchas arredondadas mais claras.
Mouro negro: se parece com o tordilho negro, com tonalidade azulada.
Mouro claro: é um gris azulado.
Oveiro azulego: é um mouro claro com manchas brancas.
Oveiro bragado: quando em qualquer pelagem portam manchas isoladas no baixo ventre.
Oveiro chita: é overo com manchas brancas salpicadas num fundo rosilho.
Oveiro de índio: qualquer pelagem com manchas de tamanho médio.
Oveiro chita: é overo com manchas brancas salpicadas num fundo rosilho.
Rosilho abaiado: quando tem pelos amarelados entre o vermelho e o branco.
Rosilho claro ou prateado: quando predominam os pelos brancos sobre os vermelhos.
Rosilho colorado: quando predominam os pelos vermelhos sobre os brancos.
Rosilho gateado: é um gateado com pelos brancos.
Rosilho mouro: é uma mescla entre pelos vermelhos, brancos e pretos.
Rosilho overo: quando dentro da pelagem rosilha tem manchas brancas.
Rosilho tostado: quando tem pelos tostados em lugar dos vermelhos.
Tobiano baio: é um baio nas mesmas condições dos demais tobianos.
Tobiano colorado: é um colorado nas mesmas condições do tobiano negro.
Tobiano negro: é um preto com manchas brancas grandes divididas com o preto.
Tobiano gateado: é um gateado nas mesmas condições dos demais.
Zaino claro: da cor da castanha.
Zaino negro: como a castanha mais escura.
Também existem tobianos cebruno, alazão, douradilho, zaino, tordilho, etc.


Outros detalhes de pelagem

Entrepelado: o que tem uma mescla de pelagens diferentes, formando assim um total indefinido.
Pangaré: quando descolorido em algumas regiões do corpo, sobretudo nas partes inferiores, destacando-se nas axilias, focinho e ventre, seu descolorido se assemelha a cana da Índia.
Rabicano: quando nas caudas escuras tem pelos brancos na sua base.

Fonte: O Cavalo Crioulo: Seis Décadas de Experiência, de Dirceu dos Santos Pons
Livraria e Editora Agropecuária, 1993 e Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos - ABCCC

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